arquitetura colombiana contemporanea

A arquitetura colombiana é o resultado da interação entre as diferentes culturas, períodos e regiões que compõem o país. Desde construções pré-hispânicas até obras contemporâneas que refletem a identidade, a história e a inovação de um povo que se adapta ao seu ambiente e busca se expressar por meio do espaço.

O que é a arquitetura colombiana?

Ao longo da história da arquitetura colombiana, descobrimos que ela é o conjunto de obras arquitetônicas que foram realizadas no território atual ou por arquitetos colombianos no mundo. E, portanto, tem sido alimentada por diversas fontes e estilos, desde a arquitetura indígena, passando pela arquitetura colonial, republicana, moderna e atual.

Ela também se caracteriza por sua diversidade e riqueza, pois reflete as diferentes realidades geográficas, climáticas, sociais e culturais do país. Assim, é possível encontrar desde casas de pau a pique nos Andes até palafitas no Caribe; de igrejas barrocas no centro histórico de Bogotá a arranha-céus de vidro no norte da cidade; de habitações sociais em Medellín a projetos sustentáveis na Amazônia.

A arquitetura na Colômbia também se destaca por sua criatividade e inovação, pois foi capaz de incorporar elementos locais, materiais naturais, técnicas tradicionais e tecnologias de ponta para criar espaços funcionais, estéticos e harmônicos em harmonia com o meio ambiente. Ela também foi reconhecida internacionalmente por sua qualidade e contribuição para o desenvolvimento social, cultural e ambiental do país.

A melhor arquitetura da Colômbia Quais são suas influências?

A arquitetura colonial colombiana teve várias influências ao longo de sua história, que podem ser agrupadas em quatro períodos principais:

  1. Arquitetura pré-colombiana: Essa é a arquitetura criada pelos povos indígenas antes da chegada dos espanhóis. Caracteriza-se pelo uso de materiais naturais e perecíveis, como madeira, pedra, barro e palha. As principais características distintivas das construções circulares são um telhado cônico, como malocas ou bohíos; terraços artificiais para agricultura, como andenerías; e monumentos megalíticos, como menires ou dólmens.
  2. Arquitetura colonial: essa arquitetura foi construída durante os séculos XVI a XIX sob o domínio espanhol. Ela pode ser identificada pelo uso de materiais como tijolo, cal e telha. Ela também é desenvolvida e dividida em dois tipos: religiosa e civil. A arquitetura religiosa inclui igrejas, conventos e capelas, que se caracterizam por suas fachadas ornamentadas, cúpulas e retábulos. A arquitetura civil inclui casas, palácios e edifícios públicos, caracterizados por seus pátios centrais, varandas de madeira e beirais.
  3. Arquitetura republicana: é a arquitetura construída durante os séculos XIX e XX após a independência da Colômbia. Caracteriza-se pelo uso de materiais como ferro, cimento e vidro. Destacam-se os estilos neogótico, Art Nouveau, Art Deco e racionalista. É possível distinguir dois tipos de arquitetura republicana: oficial e popular. A arquitetura oficial inclui edifícios governamentais, educacionais e culturais, que se caracterizam por sua monumentalidade, simetria e ecletismo. A arquitetura popular inclui residências urbanas e rurais, que se caracterizam por sua simplicidade, cor e adaptação ao clima.
  4. Arquitetura moderna: é a arquitetura produzida desde meados do século XX até os dias atuais. Caracteriza-se pelo uso de materiais como aço, alumínio e plástico. Destacam-se o brutalismo arquitetônico, a arquitetura orgânica e a pós-moderna. É possível distinguir dois tipos de arquitetura moderna: a de vanguarda e a social. A vanguarda inclui edifícios comerciais, corporativos e residenciais, que se caracterizam por sua inovação, expressividade e ruptura com a tradição. A arquitetura social inclui projetos urbanos, comunitários e ambientais, caracterizados pela participação, inclusão e sustentabilidade.

Quem são as referências da arquitetura colombiana?

A arquitetura colombiana antiga teve inúmeras referências que deixaram sua marca no país e no mundo. Algumas delas são:

  • Rogelio Salmona: foi um arquiteto considerado um dos mais importantes da América Latina. Seu trabalho é caracterizado pelo uso de tijolos vermelhos, geometria modular, água como elemento de articulação e integração com a paisagem urbana. Algumas de suas obras mais emblemáticas são a Biblioteca Virgilio Barco, o Eje Ambiental e o complexo Torres del Parque em Bogotá.
  • Giancarlo Mazzanti: Suas obras têm uma forte ligação com a herança latino-americana e o ambiente urbano, com o uso intensivo de tijolos e concreto aparente, além de características brutalistas. Embora o material de suas estruturas seja ditado por sua localização, a água também é comumente usada como elemento de ligação, por meio de canais, espelhos d'água, piscinas e lagos.
  • A arquitetura pré-colombiana, especialmente as praças de Teotihuacán, Uxmal e Chichén Itzá, é uma importante fonte de inspiração para o trabalho de Salmona, da qual ele deriva o uso de alfarjes, limites e janelas, bem como a sensação de espaço e deslocamento. O uso da água na arquitetura mourisca da Espanha pode ser relacionado à Alhambra em Granada, bem como ao impacto da arquitetura mudéjar.
  • Simón Vélez: Formou-se na Universidad de los Andes, em Bogotá, com formação modernista. Suas principais influências educacionais foram Le Corbusier e a escola Bauhaus, mas logo começou a estudar a arquitetura indígena e os materiais locais.
  • Vélez desenvolveu métodos de união que usam o guadua como um componente estrutural permanente em edifícios comerciais e residenciais. O Vitra Design Museum e o Centre George Pompidou o convidaram para dar seminários em Paris por quatro anos consecutivos, onde ele criou edifícios de guadua como um exercício de aprendizado.
  • Daniel Bermúdez: é um arquiteto colombiano que desenvolveu uma obra diversificada e versátil. Seu trabalho é caracterizado pelo uso de formas geométricas, materiais nobres, espaços funcionais e detalhes meticulosos. Algumas de suas obras mais representativas são o Edifício Avianca em Bogotá, o Centro Cultural Gabriel García Márquez em Cartagena e a Universidade Sergio Arboleda em Santa Marta.

Em resumo, a arquitetura colombiana é uma expressão de diversidade e criatividade que mostra a riqueza cultural do país. De construções pré-hispânicas a obras contemporâneas, a arquitetura colombiana reflete a identidade, a história e a inovação de um povo que se adapta ao seu ambiente e busca se expressar por meio do espaço.