o que é arquitetura hostil? É uma abordagem de planejamento que faz uso de fatores no ambiente construído para intencionalmente manualizar ou limitar o comportamento, a fim de prevenir o crime e proteger a propriedade.
Há cada vez mais
pessoas em situação de rua e foram construídos elementos no ambiente urbano
para evitar que durmam em algumas áreas.
Freqüentemente,
visa pessoas que usam ou dependem da área pública mais do que outras,
juntamente com adolescentes e sem-teto, por meio da proibição de comportamentos
corporais que possam praticar.
Também conhecido
como estrutura de escudo, design antagônico, design feio, design de exclusão e
design de cidade de escudo, a estrutura antagônica de período de tempo é
frequentemente associada a "espinhos anti-sem-teto" - pregos
embutidos em superfícies planas para tornar o sono desconfortável e
impraticável.
Outras medidas
consistem em peitoris inclinados para evitar que os humanos se sentem; bancos
com apoios de braços colocados para evitar que os humanos se deitem sobre eles
e aspersores de água que "ligam intermitentemente, mas na verdade não
regam nada".
A arquitetura
hostil também é contratada para impedir o skate, jogar lixo, vadiar e urinar em
público.
Aprender mais sobre: o que é arquitetura?
Como a arquitetura hostil é usada
Toda arquitetura é
deliberada; desempenha uma determinada função. Segundo José Mansilla, do
Observatório de Antropologia dos Conflitos Urbanos, a arquitetura agressiva
visa mudar ou prevenir aquelas práticas sociais que não são consideradas
aceitáveis nos espaços urbanos. "É uma espécie de controle social",
enfatiza.
Por outro lado,
esse efeito nas atitudes das pessoas pode ser evidente, como no caso de pregos
ou postes de amarração usados para impedir que moradores de rua durmam em um
local, ou pode ser sutil, passando despercebido.
Mansilla dá como
exemplo dessa arquitetura preventiva mais sutil o fato de que em Barcelona, como em muitas outras cidades, existem praças onde não há lugares para
sentar, ou onde há apenas bancos individuais que dificultam o sentar. e
conversar, para que as pessoas sejam obrigadas a sentar-se nas esplanadas.
O antropólogo urbano descreve-o como “uma forma muito inteligente de urbanismo que não é óbvia, mas procura usar o espaço público simplesmente como um local de circulação ou consumo”.
Segundo Mansilla, a
arquitetura hostil substituiu o espaço público como espaço de sociabilidade, e
a distribuição desses elementos não é aleatória. "Algumas comunidades não
recebem o mesmo nível de intervenção que outras.
Antecedentes da arquitetura hostil
Embora a palavra
"arquitetura hostil" seja nova, o uso da engenharia civil para
alcançar a engenharia social não é: os "defletores de urina" do
século XIX são um exemplo.
Sua encarnação
atual é baseada no princípio de design Prevenção do Crime por Projeto Ambiental
(CPTED), que emprega três técnicas para impedir o crime ou proteger a
propriedade: vigilância natural, proteção do acesso natural e regulamentação da
terra.
A maioria das
implementações do CPTED a partir de 2004 concentra-se apenas na ideia de que o
design adequado e o uso eficiente do ambiente construído podem minimizar o
crime, reduzir o medo do crime e aumentar a qualidade de vida, semelhante à
introdução generalizada de diretrizes espaciais defensáveis na década de
1970.
A aplicação do
CPTED no ambiente construído visa dissuadir os criminosos de cometer crimes,
modificando o ambiente construído em que eles se originam ou ocorrem.
Territorialidade,
vigilância, controle de acesso, imagem/manutenção, suporte operacional e
proteção de alvos são os seis principais conceitos de Moffat. Ao tentar deter o
crime em todos os bairros, com ou sem crime, essas duas técnicas devem ser
aplicadas.
É importante lembrar que a relação entre bem-estar, política e cidadãos é complicada, o que significa que as causas da falta de moradia são muito mais difíceis de entender do que a abordagem simplista de culpar as estruturas habitacionais do Reino Unido.
Prejuízos causados pela arquitetura hostil na sociedade brasileira
São Paulo, 11 de
janeiro. Na quarta-feira, o Brasil aprovou uma legislação que proíbe a
instalação de pregos ou outros componentes arquitetônicos para impedir que
moradores de rua usem mobiliário urbano, conhecido como "arquitetura
hostil".
A lei já havia sido
aprovada e sancionada em dezembro, mas, por erro de redação, teve de ser
publicada novamente no Diário Oficial nesta quarta-feira, dia em que entrou em
vigor.
Apesar de o
ex-presidente Jair Bolsonaro ter usado seu poder de veto para negar a
ratificação do projeto em dezembro passado, o Congresso Nacional conseguiu
concluí-lo.
Na ocasião, o atual
presidente Luiz unácio Lula da Silva atacou a decisão de Bolsonaro e a
insensibilidade dos responsáveis pela instalação desses componentes
arquitetônicos em um momento em que cresce o número de pessoas em situação de
rua.
"Estão
colocando pedras embaixo das pontes porque não querem que os mais pobres tenham
direito nem de dormir debaixo da ponte", disse Lula.
O emprego de
materiais de construção, estruturas, equipamentos e práticas "hostis"
com o objetivo ou consequência de "remoção" de moradores de rua,
idosos, jovens e outros setores da população é proibido pela nova lei.
A norma não define
se valerá apenas para novas estruturas ou se exigirá também a retirada de
aspectos arquitetônicos antagônicos que floresceram no país nos últimos anos.
Uma situação
ilustrativa foi o viaduto Luciano Mendes de Almeida, em São Paulo, onde a
Prefeitura foi obrigada a remover as pedras de formato estranho colocadas sob a
construção da estrada quando as associações locais protestaram.
Outros incidentes
têm décadas, como os bancos dobráveis nas ruas do Leblon, zona nobre do Rio de
Janeiro, onde os bancos são recolhidos todas as noites e trancados com cadeados
para evitar que alguém descanse sobre eles.
Os índices de
pobreza no Brasil aumentaram nos últimos anos em decorrência da crise provocada
pela pandemia, e atualmente estima-se que 300 mil pessoas vivam nas ruas, sendo
mais de 40 mil em São Paulo, a metrópole mais populosa e rica do país.
Com isso, já é normal ver moradores de rua morando embaixo de viadutos ou se refugiando do frio em barracas caseiras construídas com sacos de lixo em todas as esquinas de São Paulo.